21 de dezembro de 2007

Final de Ano e Provas...

Eliasibe diz que vai entregar a prova ao professor e eu pergunto a ele se não quer que eu vá junto, ele diz que não e permaneço no D.A., mas depois ele volta dizendo "Bora". Nós subimos as escadas até as salas dos professores e eu o disse que já havia entregado minha prova por baixo da porta, mas queria conversar com o professor sobre o DEZ que eu me dei... Quando bati na porta houveram duas respostas simultâneas, uma de Eliasibe e a outra do professor: "Eu não bato assim!"- "Entra!" Quando entramos o professor diz: "Eliasibe, prooonto! Está com a prova? hupf, Thiago, daqui há uns dois minutos...". Assim eu fiquei do lado de fora perdendo a coragem de falar sobre a prova. Depois de algum tempo Eliasibe sai com a prova entregue (imaginei por instantes o que havia de tanto pra falar naquele tempo todo com o professor, devia ter sido algo sobre alguma questão) e o professor pergunta: "Cadê o Thiago, está ai?" Eu entro e fecho a porta, não vejo mais Eliasibe que se foi para o D.A..
"Professor, é que venho falar sobre a prova... o segundo exercício escolar e o terceiro..."
"Não! Por favor, Não!"
"O senhor recebeu minha prova? deixei em baixo da porta..."
"Sim, recebi!" Ao passo que ele foi buscar estava no topo da pilha de provas "Olha aqui! Um Dez! Que pode cair pra seis e meio ou sete, quem sabe???"
Senti vontade imensa de rir, o jeito dele..."Professor!!! É justamente sobre isto que eu vim falar com o senhor..."
"Mas rapaz, eu não vi a prova ainda, não sei como está"
"É, queria falar com o senhor sobre um detalhe numa questão, que não está exatamente igual"
"Sim, mas..."
"É que quando fui falar com o senhor disse que era para corrigir segundo o que eu achava certo, daí eu coloquei os pontos onde eu achei que valia a nota...Mas não sei o que o senhor vai fazer..."
"Sim, quando você voltar do recesso..."
"Lá para o dia 9...??"
"É! No sig@ você vê sua nota..."
"Mas professor, como vou saber se o senhor vai dar o ponto inteiro? queria argumentar caso tivesse alguma discordância..."
Então ele já abrindo a porta e sorrindo... "Fique tranquilo, rapaz! Aparentemente você é o único com medo..."
"Não sei..." ai eu ri também (d- n)aquela situação, "Está bem...". "Ahh! Boas festas professor feliz natal e ano novo aí..."
E ele sorrindo e fechando a porta "Sim, para você também"
E eu fui embora achando graça...

3 de dezembro de 2007

Perfil

A vida hoje me parece algo realmente engraçado; há momentos que eu olho para como eu a venho levando e acho que é tudo tão estático, tão monótono... No instante seguinte observo o quanto as coisas seguem rapidamente e quantas coisas interessantes aconteceram neste curto espaço de tempo.

Perco, todos os dias, tempo. Não estudo direito, não aproveito direito o tempo livre, não sei administrar os momentos para que sejam plenos, mas de alguma forma tudo acaba se encaixando e minha concepção me lembra que tudo faz parte de uma livre e desmotivada escolha minha, cegamente e quimicamente determinada pelo destino, concerindo dizer que meus gostos possam ser influenciados por razões sociais.

Na verdade eu não conheço ninguém igual a mim nem parecido. Vejo pessoas que gostam de meu jeito e outras que me olham com reprovação. Calmo, monótono, intelectual e paciente são propriedade dadas a mim pelos olhos brilhantes de alguns de vcs; Doido, agitado, perdido e confuso são outras dadas por outros. Muitas pessoas me conhecem, mas poucas me reconhecem por meus atos; quando alguém me reconhecer por meus atos este alguém certamente pode se considerar que me conhece de verdade. É claro que ninguém nunca conhece a si mesmo integralmente e muito menos a outros, mas estes me conhecem no ponto que podem dizer que são amigos ou que se importam suficientemente a ponto de me conhecerem o caráter.

Minha vida segue um movimento uniforme com leves variâncias estatísticas que, vez ou outra, me obrigam a dar saltos quânticos. Traduzindo: eu levo uma vida rotineira que de vez em quando me empurra pra mudar algumas coisas aqui outras ali. Tudo é normal, agradecimentos a Deus e aos amigos mais próximos...

Me pego hoje refletindo no que foi o passado e como ele me mudou. Meus amigos mais novos me fazem lembrar as situações que vivi e como o hoje foi construído pelas resoluções que tomei. Outros amigos, mais velhos, me fazem imaginar o que eu quero para o futuro... É verdade, porém, que estes são em menor número e mais ocupados implicando em mim que planejamento não é algo que eu faça com compromisso: existe uma flexibilidade, uma alternativa de se ter mais alternativas.

Aqueles respeito, gentileza e pacividade que antes eram implacáveis hoje quase não têm sombras, sigo diversas vezes desmotivado com a falta de animação de todos aqueles que seguem nas ruas: não há mais animação social, intelectual, familiar e muitas vezes íntima. Tudo está interligado e a rigidez do todo complica a rigidez das partes.

E a vela se acende todos os dias e todos os dias são muito diferentes...

[;)]