20 de novembro de 2008

Investida

Tudo é uma questão de valor. A forma como você valoriza um dado objeto ou uma dada companhia, tudo isto depende do indivíduo, tudo depende de sua maneira de encarar o mundo e de como você se sente de acordo com as normas modistas de sua época.
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Quando ele conheceu aquela menina de cara notou que ela era qualquer uma. A menina era altamente desenrolada e conversava abertamente como se soubesse tudo sobre relacões sociais e, claro, como se tivesse a mente aberta em relação a diversos assuntos.

O que lhe chamou atenção não foi isto, aliás. A menina tinha pinta de que não era menina de namorico; era uma criatura aberta a relacões um-a-um, dois-a-um, n-a-n, etc...

Começou a investigar. Ela tinha namorado fulano, mas não deu certo. Ficou com dois caras simultaneamente por algum tempo, depois resolveu ficar quieta e acabou se relacionando sério com uma menina. Teve até uma fonte segura que chegou a dizer algo do tipo "nunca vi ela negar nada". Olhando para ela ficava claro que ela não era uma menina de dizer um não quando você atiçasse. Também não tinha nenhum trabalho de esconder suas relações e sua forma alternativa de pensar.

Aí você dá ouvidos à razão, ou ao coração, ou ao orgulho, sei lá! Sente vontade de entrar na jogada mesmo tendo valores quase totalmente divergentes. Aconteceu que ele resolveu pegar a garota. Chegou devagar, conversou, brincou. Na hora "H", na hora em que tudo poderia rolar (meticulosamente calculado depois de toda a investigação comentada) ela deu pra trás...

Hey! Peraê! Como assim? Ela não nega pow! A menina que fica com todo mundo não quer ficar com o cara? Tudo bem, que besteira! Fazer o quê? Não se pode obrigar ninguém a fazer algo que não se quer.

Depois aquilo vai subindo a cabeça e o camarada fica meio complexado, "como é que pode?". Observa os passos dela e fica meio noiado receando a data que ela vai ficar com alguém. Foi assim que ele gamou nela. Vai entender!