16 de outubro de 2009

O Homem de Lugar Nenhum

Ele andava cabisbaixo, balançando a cabeça suavemente. Pra um lado. Pra o outro. Seus braços pendiam ao longo de seu corpo, largados, sem vida. Suas pernas se arrastavam, carregando o peso do corpo numa tentativa quase inútil de chegar a algum lugar. Elas não aguentariam muito.
As roupas do homem, amarrotadas, sujas, rasgadas não pareciam com qualquer roupa que já houvesse sido produzido por um artesão de região alguma. Mas o sangue. O sangue manchando o lado esquerdo do da roupa. Aquilo era o mesmo sangue em qualquer lugar do mundo.
Ele parou alguns segundos, encostou-se na parede e apagou.