28 de fevereiro de 2007

Sozinhos

Até onde eu lembro, essa história começa assim.

Eles estavam de viagem. O homem e a criança já não mais se falavam. O rosto abatido do homem lhe dava mais dez anos do que o normal, mas mesmo assim as várias mechas brancas não lhe retiravam a força física. A criança mal lhe dirigia a palavra. No último posto de gasolina, ela levou um tapa na nunca que fez arrastar a cara no chão. Ainda deitado, ele virou o rosto com raiva para o homem, mas o menino sabia que seria pior fazer alguma coisa. O vento daquela estrada, que deixava o carro todo empoeirado, não fazia esquecer desse último fato; pelo menos isso, já que não lembrava mais por quê estava viajando...

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