23 de agosto de 2007

Revisão de Texto!

Eu pedi ajuda a uma amiga para a correção do texto que escrevi e está postado logo em seguida. Para sentir um pouco como foi o processo, transcrevo abaixo uma parte (final) de nossa conversa (msn - às 3:18 horas da manhã, como se vê no horário da postagem) onde Paulinha cita uma frase muito interessante, negritada:
(detalhe, aconselho ler antes a outra postagem, para entender o trecho que estamos discutindo. Outra coisa: acho que dá pra entender bem depois de umas duas lidas pelo menos, ok?)

(...)
Paulinha diz:
ponto de te desvalorizar para um homem que sequer está preocupado com você! Te vi feliz
Paulinha diz:
na verdade, na frase seguinte tb a gramática não recomenda começar frase com pronome oblíquo
Uljota diz:
vi-te?
Uljota diz:
esgraçado
Uljota diz:
vi-te feliz por...
Paulinha diz:
estranho né... coisas da gramática
Paulinha diz:
afinal, ninguém fala assim
Uljota diz:
faço a alteração?
Uljota diz:
o texto vai ficar que nem meu é!
Uljota diz:
huahuahaau
Paulinha diz:
uhauahuahauhauahau!!!!! a gramática é a dona do seu texto!!!
Uljota diz:
linguagem pesada em segunda pessoa
Paulinha diz:
por isso quase não se usa mais a segunda pessoa, pq nós acostumamos com a terceira
Uljota diz:
quando se escreve "você" recai em terceira
Paulinha diz:
conjugamos tudo na terceira pessoa
Paulinha diz:
isso [:)]
Paulinha diz:
tem que ser "tu" em tudo
Uljota diz:
[:)]
Paulinha diz:
é, amigo... detalhes, detalhes
Paulinha diz:
....
Uljota diz:
vou passar para o presente e fica menos estranho
Uljota diz:
vejo-te
Paulinha diz:
legal... soa melhor
(...)

Última coisa: estou fechando os dois textos revisados agora às 4:00 da manhã.

Sozinhos (parte 3)

Ah! Linda menina, que fizeste neste tempo em que me ausentei? Naquele tempo eras ingênua, doce e sensível aos sentimentos alheios. Não estavas preocupada em seres igual aos outros e almejavas, ao contrário, justamente ser especial. Amavas um e muitos outros te desejavam.
O tempo passou e não soubeste superar aquele abandono! Entendo que depois de certo tempo sozinha estiveste carente, mas não a ponto de te desvalorizar para um homem que sequer está preocupado contigo! Vejo-te feliz porque foste olhada; e esperas sem fim e sem resoluções quem não te leva a sério. Aceito enquanto estiveres feliz, mas receio que esta felicidade é breve ou demasiada instável: peço que cuides de teus sentimentos.
Quando retorno pra te ver não sinto mais doçura e sensibilidade em tua voz, há, naturalmente, confusão. És igual a qualquer outra dessas garotas que moram ao lado. Não há mais desejos nos outros, pois tu não mais te desejas, esqueceste de ti mesma.

1 de agosto de 2007

"Façam um círculo"

Mais uma postagem sobre aulas... rsrs.

Agora o caso é um tanto quanto diferente! Eu estou cursando a disciplina "Prática de Ensino de Física I" e esta requer que eu, além de ministrar 1 aula para os demais alunos do curso, ainda observe 60 horas/aula no ensino médio, afim de discutir suas qualidades e defeitos; a escola escolhida* pela maioria é o CEFET-PE ou o Colégio de Aplicação da UFPE, sendo a primeira a minha opção.

Ontem fui pela primeira vez "observar" aulas desacompanhado. Durante as aulas comecei a esboçar alguns desenhos que tinha que fazer e o tempo passou tranquilamente... Até a quarta aula! Quando o professor de história pediu que me apresentasse à turma e me inseriu no grupo de discussão eu percebi que ele era sério, acho que não tive lá bons professores de história na vida. Tive de esquecer os desenhos e prestar atenção; ninguém "escapou" da circunferência.

Revolução Russa era o tema da aula, mas como tem na agenda da turma uma viagem para Catende, o professor começou dando informações histórico-geográficos do lugar e depois começou a discutir aspectos políticos e associar com outras aulas. Quando começou a falar sobre a Revolução Russa, baseava-se no texto que tinha distribuído anteriormente para a turma. O mais interessante foi que a cada passo dado em aula era associado com o comportamento da sociedade atual e os sistemas de governo, instigando a atenção de todos e induzindo os seus alunos a pensar sobre.

Houve um momento "clímax" que um aluno conseguiu associar tudo aquilo com a viagem que iria ter para Catende e a conexão com certeza excitou todo mundo. Pense você: revolução russa e a usina de catende... O início da aula resurgindo no final. Sabemos que no fundo tudo é interligado e é associado, mas ver isso na prática em uma "conversa" é fantástico, não? Muito boa a aula.

O chato em se estudar física é que não existe muito o que se discutir: claro, é uma ciência exata!(...) Isto está claramente errado! A física interrelaciona-se com a história, com a geografia e com todas as demais disciplinas que estudamos, o problema é que associá-las é um problema já que aparentemente as áreas estão muito afastadas. Mesmo na universidade não se procura diminuir esta diferença, já que cada área se ramifica cada vez mais e não existem muitas cadeiras que procurem uma relação disciplina A com disciplina B...

Esta aula de história com certeza me fez refletir muito na possibilidade de excitar, quanto a física, discussões construtivas que venham a beneficiar meus futuros alunos a saber a "posição" que a física ocupa em relação às demais disciplinas. Não acho que é impossível ou inviável tirar um momento para discutir o que é a física e qual seu papel social e histórico, por exemplo. Acho até que os alunos não simpatizantes com minha disciplina podem sentir, ao menos neste momento, que a física é mais interessante do que antes havia suposto.

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* Escolha não é bem a palavra, o departamento conhece e confia nos professores destes colégios e por isso evita que os alunos se fixem em colégios outros, como onde trabalha; pois procura evitar que o aluno preencha a ficha com as assinaturas dos professores sem ter de fato observado as aulas.