Alguns dias depois não foi uma interação sonora, mas um vulto verde que estranhei. O que teria sido aquilo? Na verdade eu não vejo vultos a muito tempo e ver um vulto agora seria engraçado: gosto de relembrar estes sentimentos; é como sonhar -- faz tanto tempo que nao sonho com nada -- mas essa é outra história...
No dia 'D' -- agora 'D' de quê eu não sei, mas é um costume do povo dizer que é o dia 'D' quando alguma coisa importante acontece -- eu estava no laboratório de átomos frios no departamento de física quando, às 12:11 horas da manhã/tarde, alguém menciona meu nome no telefone. Atendo e reconheço aquela voz que outrora me acordara, a criatura do outro lado me chama para falar no Hall.
Quem seria? Quando subi as escadas e olhei não havia ninguém no Hall, então ele me tocou as costas na altura do tórax, quando me virei vi aquela figura estranha e nanica me considerando com rigidez. Falava da vida e de minhas escolhas e que não tinha muita coisa certa e eu só conseguia pensar "Estou vendo um duende!!".

Que coisa estranha! Será que ele desapareceu porque não acredito em duendes? Mas a verdade é que ele não pagou o meu almoço e isso o torna não digno de credibilidade. Quando cheguei em casa minha mãe perguntou se eu tinha falado com um amigo verde!