Alguns dias depois não foi uma interação sonora, mas um vulto verde que estranhei. O que teria sido aquilo? Na verdade eu não vejo vultos a muito tempo e ver um vulto agora seria engraçado: gosto de relembrar estes sentimentos; é como sonhar -- faz tanto tempo que nao sonho com nada -- mas essa é outra história...
No dia 'D' -- agora 'D' de quê eu não sei, mas é um costume do povo dizer que é o dia 'D' quando alguma coisa importante acontece -- eu estava no laboratório de átomos frios no departamento de física quando, às 12:11 horas da manhã/tarde, alguém menciona meu nome no telefone. Atendo e reconheço aquela voz que outrora me acordara, a criatura do outro lado me chama para falar no Hall.
Quem seria? Quando subi as escadas e olhei não havia ninguém no Hall, então ele me tocou as costas na altura do tórax, quando me virei vi aquela figura estranha e nanica me considerando com rigidez. Falava da vida e de minhas escolhas e que não tinha muita coisa certa e eu só conseguia pensar "Estou vendo um duende!!".
Ele disse que pagaria meu almoço e fui com ele, só falava da minha vida desde que nasci e de como eu estava transviado dos meus sonhos antigos: a astronomia, a música, etc. Eu comecei a pensar que poderia estar louco vendo coisas que não existem, foi este o momento que ele me olhou fixamente e disse, naquele mais sério momento que já presenciei em vida: "para acontecer algo, antes você tem que acreditar" e, quando passei a mão nos olhos em reação comum à queda de cisco, ele não mais estava lá.Que coisa estranha! Será que ele desapareceu porque não acredito em duendes? Mas a verdade é que ele não pagou o meu almoço e isso o torna não digno de credibilidade. Quando cheguei em casa minha mãe perguntou se eu tinha falado com um amigo verde!
2 comentários:
Eu nunca vi um duende. Eu acho. Mas já vi um anão.
Menino, es muito doidão!
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