17 de novembro de 2010

Acorde, Angélica

Você me telefona e me conta
suas histórias de sorte e amor.
Com suas palavras erradas
e suas idéias distorcidas,
você me fala de sangue e dor.

Angélica, o seu romance acabou,
Angélica, o seu romance acabou.

Num quarto escuro você dorme sozinha com o próximo estranho que aquece-lhe o sono.
A Lua que ilumina a noite lhe lembra que é só mais sonho.
Um sonho. Me diga qual o seu sonho.
Um sonho. Me diga qual o seu sonho.
Um sonho. Me diga qual o seu sonho.

Você me telefona e me conta
suas histórias de luxúria e prazer.
Com suas palavras embriagadas
e suas idéias desconexas
você me fala sobre morrer.
Um sonho. Me diga qual o seu sonho.
Um sonho. Me diga qual o seu sonho.
Um sonho. Me diga qual o seu sonho.

Você segue o seu caminho
sentada num banco de praça.
Deixando os pombos famintos
devorarem as migalhas de sua alma
Um sonho. Isso tudo é só um sonho.
Um sonho. Não se iluda com um sonho.
Angélica, me diga qual o seu sonho.

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