16 de novembro de 2006

Atualidades e Comportamento

Primeiro a hipótese, uma solução racional para o enigma
Depois a quase espiã pesquisa dentre os conhecidos
E os conhecidos dos conhecidos, enfim tem aqueles outros
E para acabar você percebe que é apenas... verdade
Sem segredos sofisticados ou complicações já vistas
A verdade e a certeza podem ser dolorosas, e ainda duas vezes!
Duas vezes e um mês... Errar é humano, permanecer... Não!

O que vai ter pra mim? Que água salgada... É do mar?
Agora colhes daquilo que deixaste no ar.
Não sei o que é mais deserto: o mar de areia ou o deserto de água.
Criaturas anjos saltitam para me salvar das trevas das dúvidas...
Mas meu corpo ainda não responde, atrasado no transe da hipótese
Orgulho e Egoísmo competem dentro da alma ferida
E alma ferida que sabe estar ferida faz-se vítima, se permite.

Isso porque não me sobra fogo! Quero fazer a terra tremer
A energia que brota os póros do corpo dançante
A lua no céu agradece e a alma também, descanço afinal
Parado fico lembrando que tempo perdido é experiência
Experiência para não mais perder... Mas o que preciso?
Justamente a paciência que falta. Que lições paradoxais!
A vida é mesmo peculiar, mesmo nos ensinamentos vividos.

Nos instantes anteriores lembrei-me da psicóloga
Perguntava sobre a referência
Maldita referência que não tive! - E repito o que pensei:
"Não há vítimas, apenas desintedimentos"
Embora a cabeça ainda não queira acomodar,
Embora o coração insista em não reconhecer
A tripla derrota, duas naturais e a moral.

Amanhã eu volto e pego o trem e ele é rápido!
Já não consigo acompanhar, nem posso
Pensamento alto voa longe, junto às andorinhas
Ora alegre de libertação, ora triste de desilusão.
Mas este trem potencializa libertação
Disto tudo que fere a alma e que é íntimo
Pois este trem fará meu futuro! Se futuro tiver...

Agora o que menos quero é me sentir razoável
Como aquela ovelha no meio das outras mil
Certamente você não olha para mim, são tantas!
Mas lembro que sou do tipo de ovelha que não está no meio
E agora o que mais preciso é da companhia das 999
Porque há ainda uma que não deve estar lá.
E este é meu desejo mais sensato - Amigas ovelhas...

Depois se lê tudo e vê que cabe em sete blocos de sete linhas
Totalizando 49 linhas de leitura e descobrimento.
49 quase 50, como tantos quase que andei vivendo
As dúvidas que restam são como esta questão
Não há razão em saber a verdade, mas porque ela é assim
49 é texto, 50 com o título; então isso não é um quase?
Ou a consideração pessoal também importa? (atrapalha?)

Um comentário:

Paula Machado disse...

Nada melhor que escrever para tentar compreender certas coisas quse se passam em nossas vidas. escrever é organizar as idéias, encadeá-las, fazê-las ter algum sentido em meio ao turbilhão... e vc fez isso com maestria! Nada é para sempre, principalmente as dores. A memória se encarrega de selecionar o que merece ser lembrado e tudo fará sentido e tudo será aprendizado.
Maravilhoso texto!!!
beijos